04/03/2010

Rita Pavone

Pelos idos de 1962 os Estados Unidos estava curado da febre do rock and roll. Os movimentos lúbricos de Elvis Presley, as performaces incendiárias de Jerry Lee Lewis e o embalo sacana de Fats Domino perderam espaço para o rock "gomalina" e açucarado de Neil Sedaka, Frankie Avalon, Paul Anka. O rock and roll deu origem a vertentes estilísticas: rock and roll, rockabilly, country-rock, surf rock, rock balada, twist, hully-gully...

A rebeldia foi abrandada, as guitarras diluídas pelos teclados e a voz rascante encoberta pelos maneirismos vocais. O rock and roll amadurecera ao incorporar elementos das bandas crooners cinquestistas? Ou tinha sido fagocitado pela indústria, embalado, pasteurizado e tabelado para a venda?

Nem um nem outro,o impacto comercial e cultural e seus ecos mundo afora e concluir que o rock está imbuído de uma tríade de significados (música, comportamento e mercado) capaz de abarcar no mesmo termo sonoridades tão díspares quanto a de Jerry Lee Lewis, Wanderléa e Them Crooked Vultures.

E na Itália de 1962 os ecos do rock vinham de uma figura sardenta, esmirrada e com agudos estridentes: Rita Pavone, com o single La Partita de Pallone. O
s traços infantis e as letras de romance adolescente destoavam do rock/beat "feio, sujo e malvado" que crescia nas cidades portuárias da Inglaterra.

ícone da cultura pop dos anos 1960, figura carimbada  no Ed Sullivan Show, Rita Pavone enfileirou sucessos  -  Come te non c’è nessuno, Cuore, Datemi un martello, Che m'importa del mondo, Viva la pappa, Il geghegè -  e abasteceu o rock sulamericano de versões e cantoras clones.


Coletânea Rita Pavone

Rita Pavone conquista o mundo







Uma das primeiras aparições de Rita Pavone:


 

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